A desejada captura da ‘essência do outro’ na verdade refere-se à uma busca de nós mesmos; uma procura não apenas de uma suposta unidade perdida, como também da força determinante, pulsional que nos atravessa e nos constitui. Nos constitui como seres estranhos a nós mesmos. Talvez o ser apaixonado reproduza inconscientemente a alienação primordial ao Outro, numa tentativa de metabolizar (ao estilo da repeticão traumática) esta experiência infantil alienante/constitutiva. Um mergulho na própria imagem especular.
A Psicanálise é, em essência, uma cura pelo amor.”
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